Timão x Fla: efetivo da PM será compatível às decisões

Após cair diante do River, em 2006, alguns torcedores tentaram invadir gramado

Se para o torcedor corintiano o confronto com o Flamengo vale a vaga nas quartas de final da Copa Libertadores, para a Polícia Militar da capital paulista a partida é encarada como uma verdadeira decisão de campeonato, com a presença de duas grandes torcidas da cidade.

O efetivo policial que será usado pela PM na próxima quarta-feira será compatível ao das grandes decisões. De acordo com um dos responsáveis do clube ouvidos pelo LANCE!, que pediu para não ser identificado, serão mais de 300 homens – a maioria na área interna.

Do lado de fora, dezenas de policiais da ROCAM (Rondas Ostensivas Com Apoio de Motocicletas) e 60 viaturas do 23º Batalhão, além dos apoios da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e da Guarda Civil Metropolitana da cidade.

Nesta terça-feira, uma reunião entre o coronel Almir Ribeiro, do 2º Batalhão de Choque, os responsáveis pela segurança do Corinthians e membros das torcidas organizadas do clube acertará os últimos detalhes, como a expectativa de público total, carga de ingressos e a vigilância aos visitantes, além de precauções a serem tomadas em caso de um clima hostil no Pacaembu.

A medida visa combater qualquer tipo de revolta dos torcedores caso o Timão seja eliminado diante do Fla, evitando, assim, cenas parecidas – e lamentáveis – como aquelas protagonizadas por alguns vândalos na partida Corinthians x River Plate (ARG), nas oitavas de final da Libertadores de 2006, quando houve tentativa de invasão.

Clube não crê em revolta em caso de eliminação

Enquanto a Polícia Militar e os responsáveis pela segurança pública de São Paulo tomam as providências para evitar qualquer tipo de tumulto em caso de eliminação do Corinthians na próxima quarta-feira, para o Flamengo, os dirigentes do clube se dizem tranquilo.

A boa relação do presidente Andrés Sanchez com os dirigentes das principais torcidas organizadas é a garantia de paz, segundo eles. Apesar de aceitar que a postura dos torcedores é movida pela paixão, e que, muitas vezes, isso seja motivo suficiente para eliminar qualquer tipo de razão, o diálogo aberto e sincero entre Andrés e a cúpula das organizadas parece indestrutível.

– Tenho papo reto e direto com eles. Não vai acontecer nada, independente do que houver dentro de campo – afirmou Andrés Sanchez.

No treinamento de ontem, apesar da derrota na última quarta-feira, o que se viu foi apoio irrestrito. Nenhum grito violento ou ameaçador foi ouvido nas arquibancadas.
No dia anterior, o zagueiro e capitão William se irritou com as perguntas sobre o cenário de uma possível eliminação do Timão na primeira fase do mata-mata da Copa Libertadores. O camisa 4 disse:

– Por que a gente não pensa em caso de vitória? Achamos que a torcida fará uma grande festa depois do jogo, com a classificação.

Fonte>Lancenet