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Sex - Com apelidos em alta, clubes brasileiros armam estratégias para faturar

26/02/2010 12:46

Camisas personalizadas, canecas, canetas, bichos de pelúcia... Com os apelidos em alta no Brasil, os clubes se organizam para tentar tirar proveito da popularidade das alcunhas de seus principais jogadores e faturar. Vale qualquer coisa para explorar a boa imagem que o ‘Império do Amor’ tem entre os flamenguistas ou que El Loco construiu em pouco tempo no ataque do Botafogo.

Os apelidos entre jogadores sempre foram a marca do futebol brasileiro e voltaram à moda nesta temporada. Além da dupla formada por Adriano e Vágner Love no Fla e do uruguaio Sebastian Abreu no Botafogo, há mais exemplos de alcunhas famosas entre os torcedores. O Santos conta com Ganso. Já o Cruzeiro tem Gladiador como destaque.

“A popularidade de um jogador é consequência do que ele faz dentro de campo. Não adianta forçar a barra para vender alguma coisa, porque a torcida tem a sua própria percepção. Mas apelidos chamam atenção e ajudam porque permitem uma diversidade maior de produtos”, diz Marcio Padilha, diretor de marketing do Botafogo.

O clube alvinegro lançou uma camisa personalizada de El Loco Abreu para marcar a chegada do uruguaio ao clube. A iniciativa teve sucesso, e o Botafogo planeja seguir a estratégia. No entanto, o clube espera a oficialização do novo patrocinador da camisa oficial para montar uma linha especial de produtos com o apelido do atacante em destaque.

Assim como o Santos no caso de Ganso, o Cruzeiro ainda não explorou o potencial de marketing que o Gladiador tem. Mas os mineiros já tiveram uma experiência bem-sucedida e que pode servir como inspiração. A oportunidade de usar a alcunha de um atleta veio com Kerlon, mais famoso entre os torcedores como Foquinha. A estratégia rendeu a linha ‘Foquinha de Pelúcia’, em referência ao drible criado pelo jogador, atualmente no Ajax, da Holanda.

O Flamengo segue a ideia e pretende lançar uma marca ainda mais forte. Para isso, o departamento de marketing do clube registrou o ‘Império do Amor’. O ex-jogador do Palmeiras já possui a camisa Love e trancinhas vermelhas e pretas, sucessos entre a torcida. Ao lado do Imperador Adriano, os atacantes protagonizam uma nova versão, com um apelo ainda mais forte. “Estamos indo devagar para fazer direito. A linha Império do Amor está sendo pensada com calma, para ficar um produto bacana”, diz o vice de marketing do Fla, Henrique Brandão.

Jogadores fazem o seu próprio marketing

Mesmo sem contar com o ‘empurrão’ do clube para que os apelidos possam se tornar ainda mais populares, os atletas não abrem mão da alcunha. A escolha é parte da estratégia para se tornar conhecidos com maior facilidade. Com isso, os jogadores fazem o seu marketing pessoal e se destacam. Conhecido como Dentinho desde as categorias de base do Corinthians, o atacante virou Bruno Bonfim assim que foi promovido aos profissionais. Mas usou o nome composto por pouco tempo.

O jovem preferiu Dentinho, segundo ele, porque os torcedores já o conheciam assim. O Cruzeiro, que conta com o Gladiador em seu elenco, reconhece a força dos apelidos. Entretanto, diz priorizar o nome do jogador em ações de marketing. De acordo com Antonio Claret, diretor do departamento no clube mineiro, explorar a alcunha de um jogador só em caso de uma oportunidade excelente.

“Fizemos isso com o Kerlon, mas dentro de um contexto. A chance surgiu após um clássico contra o Atlético-MG e pelo drible que ele deu. Se houver uma chance extraordinária de colocar um produto para os torcedores com o Kléber, por exemplo, poderemos fazer novamente”, ressalta Claret, que lembra que a revista oficial do clube já trouxe uma capa com o atacante Kleber, caracterizado como Gladiador.

Paulo Henrique é conhecido por poucos no Santos. Já Ganso é muito mais popular. Mesmo considerado um apelido pejorativo pelo clube, o meia-atacante fez questão de manter o apelido que ganhou assim que chegou ao clube. A maneira como o jogador é chamado pode gerar grandes discussões e belas oportunidades de marketing. No entanto, com o nome da identidade ou apelido na camisa, a imagem que fica é sempre pelo futebol mostrado dentro de campo.

Fonte>UOL

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