O discurso do técnico Andrade é politicamente correto. Não há prioridade no momento entre Copa Libertadores e Campeonato Carioca. Mas, na cabeça dos jogadores, a derrota para o Botafogo na semifinal da Taça Guanabara deixou uma marca e transformou numa questão pessoal a virada na competição.
"Ninguém abre mão do Carioca, não vamos abrir mão disso. É importante vencer para embalar para o restante do ano. Esse é o primeiro título em disputa na temporada", afirmou Toró. "Perdemos o primeiro turno, que era o objetivo para ficar mais tranquilo, mas agora é esquecer a Libertadores no sábado e na quarta-feira, porque temos duas pedreiras pela Taça Rio. Pensamos nas duas competições".
Integrante do time campeão da Copa do Brasil em 2006, tricampeão estadual entre 2007 e 2009 e campeão brasileiro em 2009, Toró, que tem apenas 23 anos, encara a Libertadores como a cereja de um bolo confeitado a longo prazo.
"Esse grupo vem conquistando muitos títulos, tendo um papel importante de um tempo para cá. Falta a Libertadores para fechar esse ciclo e coroar esse grupo", afirmou Toró, peça fundamental na vitória por 2 a 0 sobre a Universidad Católica, principalmente quando o time perdeu Willians, expulso aos 2 minutos.
Os próximos dois jogos pela Libertadores são fora de casa, contra Caracas e Universidad do Chile. Por isso, a vitória na estreia foi ainda mais importante. Toró tem a receita para que o time mantenha o espírito guerreiro na competição na luta pela classificação para as oitavas de final.
"Pelo talento que o jogador brasileiro tem, se a gente conseguir igualar em força e vontade, acaba saindo na frente. Quando sobressai um jogador como Leonardo Moura ou Adriano, fica mais fácil", explicou Toró.