Sex - Ex-companheiro de Love no Verdão, Elias revela único inimigo como atacante: o gol
26/02/2010 08:23Jogador relembra período difícil quando jogava no setor ofensivo, mas, agora em alta, se considera o volante mais feliz do futebol brasileiro
Elias voltou aos velhos tempos na estreia do Corinthians na Taça Libertadores. Como um atacante de velocidade, furou o bloqueio defensivo do Racing-URU, marcou dois gols semelhantes e deu ao Timão a primeira (e suada) vitória na competição sul-americana. Hoje peça-chave com Mano Menezes, o volante nem sempre esteve tão em evidência, principalmente quando se arriscou em outro setor do gramado. Depois de jogar no ataque do Palmeiras e formar até dupla com Vagner Love, ele admite que mandar a bola para as redes nunca foi seu ponto forte.
- Eu era bom, inteligente, rápido, mas só tinha um problema: o gol, aquela coisa quadrada (risos) – disse o camisa 7 do Timão.
O jogador ficou oito anos nas categorias de base do Palmeiras, mas nunca recebeu uma oportunidade na equipe principal. Parte graças ao pouco interesse do técnico Emerson Leão pela garotada, parte pelo desempenho ruim. O melhor momento vivido por ele aconteceu em 2002, quando foi o artilheiro do Paulista sub 17, com 20 gols, formando dupla com Vagner Love. Dois anos mais tarde, foi campeão estadual sub 20, marcando um gol na final exatamente sobre o Corinthians.
- Eu cheguei a jogar com a camisa 9 muitas vezes no Palmeiras. Fazia gol, sim. Eram poucos, mas fazia (risos) – disse.
A conquista, porém, de nada serviu. Com a idade estourada, Elias acabou dispensado pela diretoria do Verdão e passou a perambular. A passagem apagada pelo Náutico o fez praticamente abandonar a carreira. No entanto, por causa de boas atuações na várzea de São Paulo, foi convidado por empresários para fazer um teste no São Bento-SP, na época dirigido pelo colombiano Freddy Rincón.

Elias morde o símbolo do Corinthians ao marcar gol da vitória sobre o Racing
- Quando cheguei, ele conversou comigo e disse que eu até seria um bom jogador se jogasse de meia. Eu procurei fazer o que ele pediu e deu certo. Hoje, agradeço muito ao Rincón – recordou.
Na armação das jogadas, Elias passou a chamar a atenção. Depois de um bom desempenho no Juventus, ajudou a Ponte Preta a chegar ao vice-campeonato paulista em 2008, sendo um dos grandes destaques da Macaca. Mas, ao desembarcar no Timão, outra surpresa. Mano Menezes o transformou em segundo volante, com liberdade para se aproximar dos homens de frente. E deu certo.
- O Mano sempre disse que queria me usar como volante, mas sem que eu perdesse as minhas características ofensivas. Hoje, posso me considerar o volante mais feliz do Brasil – afirmou.
Apesar dos dois gols marcados diante do Racing, Elias mantém o discurso modesto e não quer nem pensar em brigar pela artilharia, sobretudo para não entrar em disputa com Ronaldo, seu grande amigo no elenco.
- Deixo isso para os atacantes. Espero fazer mais gols, mas não me tornar artilheiro. Eu sou um elemento surpresa, assim como o Jorge Henrique. E o time continua sendo do Ronaldo e do Roberto Carlos – completou.
Fonte>Globoesporte.com
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