Seg - Rabello em defesa dos árbitros
12/04/2010 14:12Chefe da arbitragem carioca nega que bola tenha batido na mão de Willians no jogo entre Fla e Vasco
Jorge Rabello justificou lances polêmicos
Entre as classificações de Flamengo e Botafogo à final da Taça Rio neste último final de semana, o assunto da arbitragem carioca foi novamente assunto, com erros e muitas polêmicas. Até mesmo no Triangular da Morte, com três clubes que lutam contra o rebaixamento, também não faltou reclamações com os árbitros. Nesta segunda-feira, dia 12 de abril, o presidente da Comissão de Arbitragem de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (COAF-RJ), Jorge Rabello, saiu em defesa dos três árbitros em questão.
A mais recente discussão foi em torno do lance envolvendo o rubro-negro Willians, já no final da partida vencida por 2 a 1 pelo Flamengo, diante do Vasco. O árbitro João Batista de Arruda foi acusado de não marcar um toque de mão do jogador, dentro de sua própria área, que poderia permitir o empate cruzmaltino na semifinal no caso da marcação do pênalti. Mas para maior revolta do Vasco, Rabello afirmou que não houve o toque de Willians, mesmo com o jogador admitindo o fato.
“Passar a responsabilidade (da derrota) já é mais velho que a minha avó. Como foi prejudicado pela arbitragem? Afirmo e reafirmo, e as pessoas podem assistir ao vídeo [...] que a bola não bateu na mão do Williams. Fora isso, qual foi o outro erro do Arruda? O pênalti no Léo Moura foi pênalti. Ninguém questionou por que o Juan (expulso) deu um carrinho desnecessário na lateral. O árbitro acertou lances dificílimos”, disse à Rádio Brasil.
O comandante da arbitragem carioca também explicou por que os árbitros que ficam ao lado do gol não puderam ajudar João Batista no lance. “Ele até poderia ajudar, mas não pode. Então, o que eles estão fazendo ali? Uma coisa garanto a você, nenhum caso igual ao do Henry vai acontecer. E nem teremos dúvida se a bola entrou ou não entrou. Temos uma sinalização para isso. Infelizmente só pode ser assim, para essas duas situações específicas, pois a International Board não deixa. Vamos pedir para fazer no ano que vem como é na Liga Europa”, disse Rabello, usando o gol irregular da França nas Eliminatórias da Copa para explicar o assunto.
Em outra polêmica, o chefe dos árbitros utilizou as explicações dos próprios árbitros para justificar fatos ocorridos no sábado, dia 10, no duelo entre Fluminense e Botafogo. Sobre a reclamação tricolor de que o alvinegro Leandro Guerreiro deveria ter sido expulso por Péricles Bassols Cortez com a marcação do pênalti por colocar a mão na bola, Rabello diz que o lance pode ser interpretado como uma falta comum, sem necessidade de cartão.
“Nem toda infração dentro da grande área tem que ser punido pelo cartão amarelo. Pênalti é uma infração como uma falta fora de área” disse, para em seguida comentar o lance que originou o terceiro gol do Botafogo.
“Não dá para brigar com a imagem. O árbitro disse que não viu porque estava encoberto, e a assistente disse que na distância que estava ela não teve a exata noção de que a bola passou entre as pernas do Herrera. Por isso, não conseguiu ver que houve interferência. Em um primeiro instante, parece que o Herrera atrapalhou mesmo o goleiro”.
Ainda no sábado, o Duque venceu o Resende por 2 a 1, mas com um gol marcado aos 53 minutos do segundo tempo. Tanto a marcação do pênalti quanto o tempo de acréscimo dado pelo árbitro Lenílton Rodrigues Gomes geraram revolta do time derrotado.
“A Ferj vai colocar o vídeo do jogo à disposição para quem quiser, a gente dá uma cópia do jogo. O lance do pênalti já está disponível no site. Sobre os acréscimos, o Duque de Caxias fez 1 a 0 e fez cera, depois o Resende empatou e fez cera. Não pode beneficiar alguém, tem que dar o tempo a mais que for necessário”, encerrou Rabello.
Fonte>Justiça Desportiva
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