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Rogério: 'Sou muito identificado com o Flamengo'

30/04/2010 13:00

Rio - Rogério Lourenço, 39 anos,ex-zagueiro do Flamengo, caiu de paraquedas no comando do time nos jogos decisivos diante do Corinthians. Até então auxiliar do Rubro-Negro e treinador da seleção brasileira sub-20, ele não se intimidou com a missão e teve ousadia para mudar o sistema defensivo e tirar do banco o pentacampeão Kléberson. Ele começou a carreira de técnico em 2005, no time sub-20 do Nova Iguaçu. Depois de passar pelas categorias de base do Flamengo e seleção sub-20, Rogério recebeu a chance de ouro num grande clube e espera agarrá-la com unhas e dentes.

Em algum momento você se imaginou no comando do Flamengo nas oitavas de final de Libertadores?

Rogério: Se eu falar que imaginava, estaria mentindo. Nunca poderia esperar que fosse acontecer tão rapidamente. No futebol, as coisas são assim e temos que estar preparados. Estava só há quatro meses como auxiliar do time profissional do Flamengo. O Andrade foi auxiliar três ou quatro anos. Não imaginava dirigir a equipe em jogos importantes como esse. Tive só dois treinamentos com a equipe e procurei passar para eles o máximo de confiança, ressaltei que a conquista do Brasileiro não foi por acaso e que só eles poderiam mudar a situação ruim.

De dentro do clube, como você analisa a demissão do técnico Andrade?

É um assunto interno e prefiro ficar de fora disso. Mas qualquer rompimento, seja de treinador ou jogador, é sempre difícil. Mas as razões e os motivos da saída do Andrade eu prefiro não comentar.

Como você enxerga os problemas que o Adriano enfrenta dentro e fora dos gramados. Acredita na presença dele na Copa?

É muito difícil fazer um julgamento. Posso dizer que o Adriano é um homem espetacular. Quando está treinando, empenha-se bastante e respeita todos do clube. De fato, ele não está no ponto do Adriano que todos conhecem, mas ontem já mostrou que quer voltar. E está no caminho certo. Eu torço muito para ver o Adriano na Copa do Mundo. Pelo potencial e pela pessoa que ele é, um jogador que tem todas as condições de estar na África. Mas depende do Dunga. Quero vê-lo crescendo, é bom para o Flamengo e para a seleção brasileira.

Da onde partiu a decisão de colocar o Rômulo, que nem estava inscrito na Libertadores, na equipe titular? O fato de a alteração ter funcionado te alivia?

O Rômulo é um jogador que eu conhecia desde a base, ele teve um problema de lesão, voltou no início do ano e vinha crescendo durante os treinamentos. Mesmo se eu não tivesse assumido esse papel, era uma questão de tempo para ele ganhar uma oportunidade. O Flamengo vinha fazendo gols e sofrendo. Achei que seria a melhor opção colocar o Rômulo para proteger a zaga e liberar os nosso laterais. Poxa, graças a Deus deu tudo certo, fico satisfeito e aliviado. Não podíamos tomar gol dentro de casa.

O empresário Léo Rabello teve alguma influência na decisão?

Não tenho contato com empresários. Isso é extracampo, que não me diz respeito. Só posso dizer que no futebol do Flamengo não existe interferência de empresário.

Como é a sua relação com a diretoria, que te deu essa oportunidade?

O mais importante foi o apoio da Patrícia, que me deu todo o respaldo. Falou diretamente comigo e me passou toda a confiança. O gerente de futebol, Isaías Tinoco, também. Toda a diretoria e ex-presidentes que trabalharam comigo, Hélio Ferraz, George Helal e Luiz Augusto Veloso, falaram comigo. Eu me sinto em casa. Tem gente ali que me viu chegar ao Flamengo com 13 anos de idade. Sou muito identificado com o clube. Minha formação como profissional e como homem foi no Flamengo.

Qual foi a melhor e a pior fase da sua carreira?

O pior momento da minha carreira foi quando sofri lesões no joelho. Eu tive muitas dores e era novo, tinha 26 para 27 anos. Não estava conseguindo mais render. Depois disso, não consegui apresentar um futebol de alto nível. Apesar disso, sou muito feliz pela carreira que eu tive, mesmo com todos os problemas. Já o melhor momento foi em 93 e 94, quando meu desempenho pelo Flamengo me rendeu passagens pela Seleção. E em 1997, quando ganhei a Libertadores pelo Cruzeiro.

Em que treinador você procura se espelhar nessa nova fase da sua carreira?

Eu tive grandes treinadores, muitos ainda estão em atividade, seria uma grande injustiça falar só de dois ou três. Mas eu poderia exaltar dois que não estão mais aqui: o Telê Santana, que me treinou quando eu era novo ainda, e o Ênio Andrade, meu técnico no Cruzeiro. Aprendi muito com os dois.

Como é o técnico e ex-jogador Rogério Lourenço fora das quatro linhas?

Sou um pai de família. Tenho duas meninas, uma de 16 e uma de 10 anos. Flamenguistas, que não desgrudaram da televisão ontem (quarta-feira). Não foram ao estádio porque têm que acordar cedo para ir ao colégio. Eu gosto muito de música e cinema. Sou um cara muito nostálgico e curto muito as músicas dos anos 80, fase da minha adolescência. Legião Urbana e Capital Inicial são minhas bandas preferidas. Não tenho preconceito com música, mas minha preferência é pelo rock dos anos 80, que fez parte de uma fase muito boa e importante da minha vida. Também sou fã de cinema, gosto de ver bons filmes no tempo livre. Em casa, fico procurando na TV um filme para ver.

Fonte>Jornal Campeão

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