Fluminense alerta Fla para hostilidade chilena no estádio Santa Laura

Uma das apostas da Universidad do Chile para eliminar o Flamengo na Libertadores é o estádio Santa Laura, local do duelo desta noite, pelas quartas de final do torneio. Acanhado, o palco tem capacidade para apenas 18 mil torcedores, que costumam fazer muita pressão no adversário. Ano passado, o Fluminense esteve lá e os jogadores remanescentes deram conselhos ao rival rubro-negro.

Na ocasião, os times se enfrentaram pelas quartas de final da Copa Sul-Americana. Após empate por 2 a 2 no Maracanã, pelo confronto de ida, o time tricolor conseguiu suportar a pressão dos torcedores e, em uma partida muito boa, venceu por 1 a 0, gol de Fred.

“O campo é pequeno e a torcida fica muito perto, fazendo a maior pressão no Santa Laura. É difícil jogar. Nós, quando fomos até lá, sofremos um bocado. A pressão é total e os torcedores arremessam pilhas, moedas e outros objetos”, recordou o atacante tricolor Alan.

Por sinal, atirar objeto nos adversários é uma “tradição” dos torcedores da La U no Santa Laura. O elenco flamenguista, que conta com os chilenos Maldonado e Fierro, sabe disso e espera que as autoridades locais tomem providências.

"Já sofremos com muitos problemas, como o terremoto e outras coisas. Desta vez, a torcida pode fazer a pressão dela. Mas espero que de maneira justa. Se houver pedras, que eles sejam punidos pelo ato", disse o meia flamenguista Michael, escalado entre os titulares nesta quinta-feira.

O estádio Santa Laura é um dos mais antigos do Chile, fundado em 1922. Desde 2008 a Universidad do Chile administra o palco, em concessão concedida por 30 anos. Todos os ingressos para o duelo de logo mais se esgotaram até o fim de semana passado.

Devido ao terremoto que assolou o país no final de fevereiro deste ano, o confronto entre Flamengo e Universidad do Chile na fase de grupos ocorreu no estádio Monumental, que pertence ao Colo Colo. Mesmo assim, os mandantes venceram os rubro-negros por 2 a 1.

“O Flamengo terá dificuldade em jogar no Santa Laura. Nós tivemos muitos problemas porque os torcedores ficam quase à beira do gramado. A torcida inflama os jogadores o tempo todo, não para de incentivar. O lado ruim são os objetos arremessados sobre os atletas adversários”, disse o goleiro Rafael, do Fluminense.

 *Colaboraram Bernardo Feital e Marlos Bittencourt

Fonte>UOL