Em sintonia com a presidência, técnico interino prega profissionalismo no Fla

Mesmo sem falar abertamente, o técnico interino do Flamengo, Rogério Lourenço, demonstrou estar em sintonia com a presidência em sua primeira entrevista após ser confirmado na função pelo menos até quarta, no duelo diante do Corinthians, pelas oitavas de final da Copa Libertadores.

Na sexta-feira, após ser confirmada a demissão do técnico Andrade, do diretor de futebol Eduardo Manhães e do vice de futebol, Marcos Braz, ela afirmou que ela iria cobrar mais profissionalismo e seriedade no dia a dia.

Rogério, que vinha atuando como um dos auxiliares de Andrade, afirmou que o jogador só pode render 100% do que pode caso realize os trabalhos implantados pela comissão técnica. Indiretamente, o recado acabou sendo para os privilégios dados ao atacante Adriano, por exemplo, que mesmo tendo ficado de algumas atividades não deixou de atuar pelo Flamengo.

“Eu vou pegar uma equipe com atletas de alta qualidade técnica, com passagens por seleção brasileira e nível internacional. Não vejo com algo negativo e, sim, um privilégio. Porém, vou procurar manter a ordem. Um jogador não rende 100% caso não realize os trabalhos passados pela comissão técnica”, disse.

O treinador colocou ainda que hoje em dia no futebol mundial nenhum jogador consegue resolver uma partida apenas porque possui uma boa qualidade técnica acima dos demais, assim como acontecia há 30 anos.

“No esporte de alto rendimento como é o futebol, os atletas precisam estar bem preparados para conseguirem render. Não adianta um jogador ficar uma semana sem fazer nada e achar que poderá resolver no dia da partida, como acontecia há 20 ou 30 anos. Isso não acontece apenas no Brasil, mas em nível mundial”, opinou.

Com apenas 39 anos, Rogério terá sua primeira chance em uma equipe profissional. Anteriormente, ele tinha passado pelas categorias juvenil e juniores do próprio Flamengo e treinou a seleção brasileira sub-20. Ele considera que esse é uma oportunidade e ao mesmo tempo um desafio em sua curta carreira fora das quatro linhas.

“É uma oportunidade e um grande desafio. O Flamengo é uma nação. Possui muitos torcedores e tem muito interesse no Brasil e no mundo. Formei-me como homem e jogador por aqui e sei a importância que esse clube tem”, encerrou.

Fonte>UOL