Basquete: Marcelo Machado acumula marcas fantásticas no Fla

RIO DE JANEIRO - Aos 35 anos de idade, Marcelinho Machado está em festa depois por causa da esplêndida marca de 4 mil pontos conseguidos em 154 jogos com a camisa do Flamengo. Agora, o veterano ala rubro-negro tem mais uma missão: levar o Flamengo para a conquista do tricampeonato brasileiro. Na sexta, além de atingir a marca, ele levou o time à vitória sobre o São José dos Campos. Neste domingo, às 20h30, os dois times se enfrentam na Arena HSBC, pelas quartas de finais do NBB.

O famoso camisa 4 admite estar vivendo um ótimo momento na carreira. De volta ao clube que o revelou, o ala faz juras de amos so rubro-negro. Contratado em 2007, o jogador tem contrato com o clube até o fim do ano.

Você chegou ao Flamengo no fim de 2007, após a conquista do ouro no Pan do Rio. Desde então, conquistou muitos títulos e marcas importantes. Como avalia esse período na Gávea?

Sou muito feliz aqui no Flamengo. E não falo isso apenas em função dos títulos que temos conquistado ao longo desses anos, dos números, das marcas. Falo também porque sou rubro-negro e pelo ambiente que temos aqui no grupo, pela alegria que o nosso time joga e por essa história bonita que estamos escrevendo juntos. Tivemos momentos difíceis, problemas, mas a equipe se fechou e seguiu trabalhando forte, sem perder o foco, para honrar as cores do clube. Temos um grupo maravilhoso e trabalhar num bom ambiente, num lugar onde você está feliz, é o que todo mundo quer.

O que é vestir a camisa do Flamengo?

Na verdade, eu voltei ao Flamengo. Joguei no clube nas categorias de base e voltar agora, já mais experiente. Foi maravilhoso. Estava na Lituânia, onde jogava numa grande equipe. Estava bem lá, mas o convite do Flamengo me balançou. Queria voltar ao Brasil e aquela era a oportunidade perfeita, perto da minha família, na minha cidade, no meu time do coração. Vestir a camisa do Flamengo é um orgulho. Sou parte dessa nação, sou torcedor e quero ver sempre o Flamengo ganhando. Sempre à frente dos outros.

É diferente jogar pela equipe sendo também torcedor do clube?

Sim, é especial. Sou rubro-negro e gosto muito de futebol. Cresci vendo Zico, Júnior e tantos outros craques em campo. Estou sempre acompanhando o futebol, mas sou profissional. já joguei pelo Fluminense, pelo Botafogo. Tenho um respeito grande por esses clubes e por suas torcidas, mas jogar pelo Flamengo é uma emoção diferente, uma sensação diferente. A camisa rubro-negra é como minha segunda pele. Quando vejo o torcedor gritando na arquibancada, me vejo um pouco na situação dele e é por isso que me entrego em quadra, dou o meu máximo.

O Flamengo tem a maior torcida do país. Torcida ganha jogo?

Ajuda a ganhar. Já enfrentei a torcida do Flamengo jogando por outras equipes, inclusive daqui do Rio. É algo que assusta quem não estiver preparado. Enfrentar o Flamengo é sempre difícil, mas enfrentar o time quando ele tem a torcida do lado, empurrando, fazendo barulho, jogando junto, é ainda mais difícil. Nos últimos anos, temos conquistado muitos títulos, muitas conquistas importantes, sofridas, mas fantásticas e a alegria dessas vitórias a gente divide com essa torcida maravilhosa. Não tem torcida igual à do Flamengo.

Vocês são os atuais bicampeões brasileiros e tiveram a segunda melhor campanha da primeira fase. Como vê a caminhada rumo ao tri nacional?

Este é um dos campeonatos mais fortes e equilibrados dos últimos anos. Basta ver a qualidade das equipes que chegaram aos playoffs. Queremos muito lutar pelo tricampeonato, mas não podemos ficar pensando lá na frente, temos que pensar no hoje, nesse playoff que estamos jogando contra São José dos Campos. Precisamos vencer essa série para seguirmos na competição, nosso objetivo agora é estar nas semifinais.

Quem é o principal adversário do Flamengo? Vocês são favoritos?

Acho que não há um principal adversário. Domingo, o nosso principal adversário é o São José dos Campos, contra quem estamos jogando essa série e é somente nisso que estamos pensando. Mas os playoffs estão muito equilibrados, os oito times que chegaram, chegaram por méritos e a disputa está aberta. Sobre favoritismo, acho que não há favorito para um campeonato como esse. O Flamengo chega forte, sim, como sempre chega numa decisão.

Fonte>JB Online